Faltam poucos dias para o início dos Jogos de Tóquio 2021. Vamos falar neste post sobre o basquete nas Olimpíadas, começando nossa cobertura que irá abordar todos os esportes olímpicos.
Nesta edição dos Jogos, teremos, além do basquete tradicional, a estreia da modalidade de basquete 3×3.
A história do basquete nas Olimpíadas
A estreia do basquete nas Olímpiadas aconteceu na edição dos Jogos de Verão de Berlim em 1936. E apenas em 1976 em Montreal, no Canadá, o basquete feminino foi incluído nos Jogos Olímpicos.
A Federação Internacional de Basquete (FIBA) é responsável por definir as regras do esporte e organizar competições internacionais. A federação foi criada em Geneva em 1932, dois anos após o basquete ter sido reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional.
Na modalidade tradicional do esporte, o jogo é disputado por dois times, cada um com cinco jogadores em quadra. Segundo o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, serão no total doze equipes que irão participar dos jogos em Tóquio, nos naipes feminino e masculino.
Regras e pontuação
O basquete tem duração de quatro períodos de dez minutos cada. O tempo é sempre cronometrado e o relógio só corre quando a bola está em jogo.
A regra básica do esporte é que não se pode correr segurando a bola nas mãos. Apenas é permitido se movimentar em quadra quicando a bola ou driblando os adversários.
A cesta feita por lance livre vale um ponto. Ao passar da linha de três pontos, cada cesta vale dois. Atrás dessa linha, cada arremesso certo vale três. Em caso de empate, são realizadas prorrogações de cinco minutos, até que haja desempate.
O basquete brasileiro nas Olímpiadas
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a receber o esporte, isso em 1896.
Nos Jogos Olímpicos, a equipe masculina brasileira de basquete ganhou três vezes medalha de bronze, nos anos de 1948, 1960 e em 1964. Já a equipe feminina levou a prata em 1996, e o bronze em 2000.
Apesar das poucas vitórias recentes, o Brasil tem atletas que se destacaram no esporte. Oscar Schmidt, considerado o maior ícone do basquete brasileiro, é recordista de pontuação no basquete nos Jogos Olímpicos.
O título que mais marcou sua carreira foi o Pan-Americano de 1987, em Indianápolis, nos EUA. O Brasil venceu o time da casa na grande final. Schmidt entrou no Hall da Fama do basquete 2013.
Hortência Marcari, nascida em Potirendaba, no interior São Paulo, é o grande destaque do Brasil entre as mulheres. Ela liderou a equipe que conquistou a medalha de prata no basquete feminino nas Olimpíadas de 1996.
Além disso, garantiu três vitórias no Pan-Americano. Hortência se tornou membro do Hall da Fama em 2002.
O basquete americano nas Olimpíadas
O esporte foi criado pelo canadense James Naismith, professor de educação física na Associação Cristã de Rapazes de Springfield, Massachusetts.
Durante o inverno rigoroso, o professor criou o esporte para ser praticado em locais fechados, como alternativa para o futebol americano e o beisebol, que eram praticados ao ar livre.
Os Estados Unidos são o país com mais medalhas olímpicas no basquete, com um total de 23 medalhas de ouro. Seguido pela União Soviética, com quatro medalhas de ouro.
Na lista divulgadas pelo site USA Basketball, alguns dos atletas pré-indicados para disputar os jogos de 2021 pelos Estados Unidos, estão o astro do Los Angeles Lakers, Lebron James, Stephen Curry, jogador do Golden State Warriors e Kevin Durant, jogador do Brooklyn Nets.
Geralmente, a maioria dos grandes astros pede dispensa da seleção para se aproveitar as férias e se preparar para a temporada seguinte da NBA.
O ‘Dream Team’
Os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, ficaram marcados pela performance da equipe de masculina de basquete dos Estados Unidos. Foi o primeiro ano em que o país mandou atletas profissionais da NBA para disputar os Jogos.
O time contava com a presença do maior jogador de basquete até os dias de hoje, o então jogador do Chicago Bulls, Michael Jordan.
A equipe ganhou todas as partidas com pontuação expressivamente maior que seus adversários. O jogo de estreia, por exemplo, terminou com um placar de 136 para os Estados Unidos e 57 para Cuba.
O time comandado pelo treinador Chuck Daly garantiu para os Estados Unidos a décima medalha de ouro conquistada na competição.
O basquete 3×3
Os Jogos de Tóquio marcam a estreia do basquete 3×3 nas Olimpíadas. Derivado das ruas, ele tem regras diferentes do basquete tradicional.
São dois times com apenas três jogadores em uma quadra com dimensão de metade da quadra do basquete tradicional e com apenas uma cesta. O objetivo é fazer o maior número de pontos em um período de dez minutos, ou vence quem fizer 21 pontos primeiro.
Segundo a Federação Internacional de Basquete, o basquete de rua é o esporte urbano mais praticado no mundo.
O time masculino que disputa a vaga nas Olimpíadas de 2021 é composto por jogadores que começaram suas carreiras no basquete de quadra.
A equipe é formada por Jefferson Socas, Fabrício Veríssimo, Jonatas de Mello e André Ferros. O técnico é Douglas Lorite, de acordo com a Confederação Brasileira de Basketball (CBB).
Basquete nas Olimpíadas: resumo
De acordo com o site oficial do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos a estreia do basquete masculino será no dia 25 de julho, em Saitama Super Arena, na cidade de Saitama. No dia seguinte, será a estreia do basquete feminino na mesma arena.
As competições do basquete nas Olimpíadas seguem até o último dia da programação de Tóquio. No sábado, dia 7 de agosto, acontece a final masculina. No domingo, dia 8, é a vez das mulheres disputarem a medalha de ouro.
A curiosidade do basquete nas Olimpíadas de Tóquio é que a final masculina será disputada antes da disputa de medalha de bronze. O motivo é para facilitar a transmissão da final nos fusos horários dos Estados Unidos.
Já o basquete 3×3 fará sua estreia no sábado, dia 24 de julho, no Aomi Urban Sports Park, na localidade de Koto. Até o dia 28 de julho, serão realizados jogos masculinos e femininos alternadamente.
No dia 28, quarta-feira, serão realizadas as finais e entregues as medalhas.
E você vai curtir o basquete nas Olimpíadas de Tóquio? Tem expectativa de assistir a bons jogos nas madrugadas aqui no Brasil? Deixe seu comentário e diga sua opinião sobre quem são os favoritos às medalhas no masculino e no feminino.
Redação e pesquisa: Lívia Torres (liviatbb@gmail.com)
Edição: Tiago Medeiros (contato@blogtiagomedeiros.com)