Chegou a hora de falarmos sobre os esportes aquáticos em Tóquio 2021. Você vai saber tudo a respeito do nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático, maratona aquática e natação nas Olimpíadas. Estamos seguindo a cobertura sobre esportes olímpicos previstos na programação dos Jogos de Tóquio de 2021.

Centro Aquático de Tóquio sediará competições de nado artístico, saltos ornamentais e natação nas Olimpíadas

Nado Artístico nas Olimpíadas

Antes conhecido como nado sincronizado, o nado artístico é uma modalidade disputada apenas por mulheres nas Olimpíadas. No programa olímpico, as competições são disputadas em dueto e equipe. As equipes são formadas por no mínimo quatro e no máximo oito atletas.

O esporte mistura elementos de natação, dança e ginástica, e combina os elementos de técnica, sincronia, coreografia, arte e expressão nas apresentações.

As atletas realizam duas apresentações, a rotina técnica, com dois minutos e 20 segundos para duetos dois minutos e 50 para a equipe. Nesta fase, as atletas precisam efetuar cinco movimentos obrigatórios, estabelecidos pelos árbitros.

A segunda apresentação é a rotina livre, com três minutos e 30 segundos para o dueto e quatro minutos para a equipe realizarem movimentos e formações escolhidas pelas atletas.

A estreia do nado artístico nas Olimpíadas ocorreu nos Jogos de Los Angeles em 1984

Histórico da modalidade

No início do século XX, a modalidade era conhecida como balé aquático e era praticada apenas por homens.

O primeiro registro de uma apresentação do balé aquático data de 1907 e foi realizada em Nova York. A australiana Annette Kellerman se apresentou em um tanque de vidro.

Foi apenas em 1934, na Feira Mundial de Chicago, que a modalidade passou a se chamar nado sincronizado e, a partir daí o esporte começou a moldar suas regras até se tornar o nado artístico olímpico.

A primeira competição oficial aconteceu em 1940 e, em 1984, na edição de Los Angeles, estreou no programa olímpico.

Há expectativas para a inclusão do nado artístico misto no programa olímpico de 2024, que será realizado em Paris. O Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2019 teve recorde de presença de homens nas disputas de nado artístico, que defendem sua inclusão nos Jogos Olímpicos.

Curiosidades do Nado Artístico

Soberania Russa

A hegemonia da equipe russa na modalidade de nado artístico é inquestionável. Nos jogos de Sydney, em 2000, Atenas, em 2004, Pequim em 2008, Londres em 2012 e Rio de Janeiro em 2016, as russas levaram para casa todas as medalhas de ouro disputadas.

Música até em baixo d’água

Escutar a música durante a execução da coreografia é essencial para a sincronia entre as atletas, por isso, as piscinas são equipadas com alto-falantes subaquáticos que permitem que o som seja ouvido embaixo da água.

Erro de digitação

Nas olimpíadas de 1992, em Barcelona, um erro de digitação tirou a medalha de ouro da canadense Sylvie Fréchette. A árbitra da competição se equivocou na hora de dar a nota para a apresentação da atleta e digitou 8,7 ao invés de 9,7, como pretendia.

O erro fez com que a medalha de ouro fosse entregue a atleta norte-americana Kristen Babb-Sprague, que em gesto de reconhecimento, chamou Fréchette para o topo do pódio.

Em 1995 o Comitê Olímpico Internacional corrigiu o erro e entregou à Sylvie a medalha de ouro.

Nomes de animais aquáticos

Muitos dos movimentos e posições realizados pelas atletas levam o nome de animais aquáticos como “arraia”, “camarão”, “posição de rabo de peixe”.

Brasileiros em destaque atualmente

Dois grandes nomes da modalidade são Laura Miccuci e Luisa Nunes, que se destacaram no Pan-Americano de Lima no dueto. Em uma apresentação delicada e sincronizada, a dupla brasileira teve bom desempenho e fechou com a quarta colocação geral.

Local de Disputa

As competições do nado artístico serão realizadas no Tokyo Aquatics Centre, o Centro Aquático de Tóquio, que fica no Tatsuminomori Seaside Park, em Tóquio.

O centro, que tem capacidade para 15.000 pessoas, também receberá as competições da natação e de salto ornamental.

Após as olímpiadas de 2021, o local receberá competições nacionais e internacionais.

Agenda de Competições do Nado Artístico em Tóquio

Em Tóquio 2021, as apresentações de nado artístico acontecerão entre os dias 2 e 7 de agosto.

As duplas apresentam a rotina livre na etapa preliminar no dia 2 de agosto e no dia 3 fazem as apresentações da rotina técnica. O dia 4 recebe a final das competições em dupla na categoria da rotina livre e a cerimônia de premiação.

As equipes apresentam a rotina técnica no dia 6 e a rotina livre no dia 7. No dia 7 de agosto também será realizada a cerimônia de premiação das equipes.

 

Saltos Ornamentais nas Olimpíadas

O trampolim de 3 metros é uma das modalidades dos saltos ornamentais nas Olimpíadas

O salto ornamental é um esporte que exige técnica, flexibilidade, precisão e rapidez. Os atletas possuem poucos segundos, entre o salto e a entrada na água, para realizarem acrobacias com perfeição.

Os atletas saltam na piscina de uma plataforma ou trampolim executando movimentos acrobáticos que são avaliados pelos juízes. As modalidades olímpicas são o trampolim de 3 metros e a plataforma de 10 metros e as provas são individuais e em dupla.

Os homens precisam saltar seis vezes e as mulheres cinco.

Para dar uma nota, os juízes avaliam todas as etapas do salto. Entre os quesitos avaliados estão a apresentação, aproximação, saída, execução e entrada na água. Nas competições de dupla, a sincronia também é avaliada.

Os juízes avaliam os saltos e dão notas de zero a dez, sendo descartadas a nota mais alta e a mais baixa. As provas individuais são avaliadas por sete juízes e as provas sincronizadas por onze.

Os atletas devem apresentar uma lista com os saltos que irão executar com uma antecedência de até 24 horas do início da prova. Se o atleta não realizar os saltos pré-selecionados, a nota é zerada.

Nos Jogos Olímpicos, são realizadas oito disputas de medalhas na modalidade: trampolim de 3 metros feminino, trampolim de 3 metros masculino, plataforma de 3 metros feminino, plataforma de 3 metros masculino, plataforma de 10 metros sincronizado feminino, plataforma de 10 metros sincronizado masculino, trampolim de 3 metros sincronizado feminino e trampolim de 3 metros sincronizado masculino.

Histórico da modalidade

Os primeiros registros de atividades semelhantes ao que hoje conhecemos como salto ornamental data da Grécia Antiga. No início a prática era apenas recreativa.

A modalidade passou a ser praticada de maneira mais formal a partir de 1600, na região norte do continente europeu, onde a ginástica já tinha tradição.

O salto ornamental, como esporte, teve suas primeiras competições em 1822, na Alemanha. Mas foi apenas em 1871 que a modalidade teve uma competição fotografada e documentada.

A disputa aconteceu na Inglaterra, e a ponte de Londres foi usada como plataforma. Alguns anos depois, a capital inglesa construiu uma torre de cinco metros para a prática de saltos. Tal feito foi fundamental para a difusão do esporte, que logo chegou aos Estados Unidos.

A modalidade passou a fazer parte do programa olímpico em 1904, nos jogos de St. Louis, com provas de plataforma exclusiva para os homens. As mulheres começaram a participar das provas olímpicas na edição de Estocolmo, em 1912.

Apenas nas olimpíadas de Sydney, em 2000, que o salto sincronizado entrou no programa olímpico. Nessa categoria, os atletas saltam em duplas e devem executar o movimento de forma idêntica e ao mesmo tempo.

A primeira participação de uma equipe brasileira nos jogos olímpicos na modalidade de salto ornamental foi em 1920, nos jogos olímpicos da Antuérpia.

Curiosidades dos Saltos Ornamentais

Brasil no salto ornamental

A primeira competição brasileira oficial de salto ornamental aconteceu em 1913, na enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, e o vencedor foi Adolpho Wellisch.

Wellisch também foi o primeiro atleta brasileiro a competir nas olímpiadas, na edição de 1920, na Antuérpia.

Brasileiros em destaque atualmente

Aos 23 anos, Ingrid Oliveira busca a classificação para sua segunda Olimpíada. Em 2016 Ingrid participou do salto sincronizado com Giovanna Pedroso. A dupla ficou na última colocação e acabou se separando por divergências.

Em 2015 a atleta foi medalha de prata na plataforma de 10 metros, também com sua dupla Giovanna Pedroso.

Para Tóquio 2021, a atleta ainda pode se classificar através da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, que deve acontecer em abril, ou pelo ranking da Federação Internacional de Esportes Aquáticos, que classifica atletas nas vagas remanescentes.

Local de Disputa

As competições de saltos ornamentais de Tóquio 2020 serão realizadas no Tokyo Aquatics Centre, o Centro Aquático de Tóquio.

Agenda de Competições dos Saltos Ornamentais em Tóquio

As disputas acontecerão entre os dias 25 de julho e 7 de agosto. No primeiro dia, as mulheres disputam o trampolim de 3 metros sincronizados e, no mesmo dia, será realizada a cerimonia de vitória.

No dia 26 é a vez dos homens disputarem o pódio na plataforma de 10 metros sincronizado. As mulheres disputam a mesma prova no dia 27.

O dia 28 fica reservado para as finais e a premiação do salto sincronizado masculino no trampolim de 3 metros.

No dia 30 as mulheres participam das preliminares no trampolim de 3 metros e no dia 31 e realizada a semifinal. O dia 1º de agosto será marcado pela final e pela cerimônia de vitória da categoria.

Os homens disputam as preliminares do trampolim de 3 metros no dia 2 de agosto, as semifinais e as finais no dia 3.

As disputas da plataforma de 10 metros femininas acontecem nos dias 4 e 5 de agosto. Os homens realizam a mesma prova nos dias 6 e 7.

 

Maratona Aquática nas Olimpíadas

Poliana Okimoto conquistou a medalha de bronze na maratona aquática nas Olimpíadas do Rio em 2016

A maratona aquática exige muita resistência física de seus praticantes por se tratar de um esporte praticado em águas abertas, como rios, mares e lagos, e por ter um trajeto extenso.

Nos Jogos Olímpicos, a modalidade é disputada em provas de 10 quilômetros, em águas abertas, com 25 atletas na competição masculina e 25 na feminina.

A profundidade da água deve ser de pelo menos 1,40 metros, em todo o percurso. Já a temperatura da água deve estar entre 16ºC e 31ºC, devendo ser checada no dia e durante a prova.

A largada é realizada em uma plataforma fixa e a posição de cada atleta é definida por sorteio.

Durante a prova os atletas podem encostar os pés no chão, entretanto, não podem caminhar ou saltar utilizando-o como apoio.

Para marcar o tempo e o percurso do atleta, todos os nadadores utilizam um chip no pulso, que registra esses dados.

Seis juízes e seis cronometristas ficam posicionados em plataformas ou barcos para acompanhar de perto os competidores.

Histórico da modalidade

A natação em águas abertas é considerada a prática mais antiga da modalidade, que remonta à época em que as piscinas sequer existiam.

As maratonas aquáticas tiveram origem em 1875, quando o capitão inglês Matthew Webb se tornou o primeiro homem a cruzar o Canal da Mancha a nado. Com a técnica de peito, Webb atravessou o percurso de 64 quilômetros em 21 horas e 45 minutos.

A conquista de Matthew Webb inspirou outros nadadores, que passaram a praticar o nado em águas abertas por todo o mundo. Aos poucos as disputas se popularizaram e, em 2005, o Comitê Olímpico Internacional anunciou a entrada da modalidade no programa olímpico.

O esporte estreou nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. A primeira medalha de ouro da modalidade ficou com o holandês Maarten Van der Weijden.

Curiosidades da Maratona Aquática

Correnteza

Nas Olimpíadas de Paris, em 1900, a correnteza do Rio Sena ajudou os atletas a finalizarem a maratona mais rápido.

O vencedor da prova dos 200 metros livre foi o australiano Frederick Lane, que terminou a prova dos 200 metros livres com o tempo de 2 minutos, 25 segundos e 2 milésimos. Já o vencedor da mesma prova na edição seguinte teve o tempo de 2 minutos, 44 segundos e 2 milésimos.

Recorde Alemão

Até os Jogos do Rio de Janeiro, de 2016, o maior medalhista olímpico da modalidade era o nadador alemão Thomas Lurz com uma medalha de prata e outra de bronze.

“Vara” de alimentação

Por se tratar de uma prova longa, os atletas podem se alimentar ou beber água durante o trajeto. Para terem acesso aos alimentos e bebidas no meio da prova, membros da equipe olímpica ficam localizados em estações de abastecimento com as chamadas “varas de alimentação”.

As varas têm até cinco metros de comprimento e possuem um copo na ponta, que é abastecido com água ou comida, que são distribuídas aos nadadores à medida que passam por essas estações.

Para não perder tempo, muitos atletas continuam nadando enquanto consomem a bebida e o alimento. Cada atleta possui uma técnica própria para tal façanha.

Brasileiros que já conquistaram medalhas

Em 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro, o Brasil conquistou sua primeira medalha na maratona aquática. A 3ª sargento do Exército Brasileiro, Poliana Okimoto levou a medalha de bronze na modalidade.

Poliana começou a competir aos sete anos e, desde então, acumulou uma série de prêmios. Nos Jogos Pan-Americanos, Okimoto ganhou duas medalhas de prata, no Rio de Janeiro, em 2007 e em Guadalajara, em 2011.

No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos ela acumula uma medalha de bronze na edição de Roma, em 2009, e outras três na edição de Barcelona, em 2013, sendo uma de bronze na categoria em equipe de 5 km, prata na categoria individual de 5 km e ouro na categoria individual de 10 km.

Brasileiros em destaque atualmente

Na maratona aquática, o Brasil estará representado nos Jogos de 2020 pela nadadora Ana Marcela Cunha. A atleta garantiu sua vaga em Tóquio após ficar em quinto lugar na prova de 10 quilômetros no Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju.

Viviane Jungblut é outro grande nome da modalidade, mas, infelizmente, a atleta não conseguiu uma boa classificação em Gwanhju, ficando de fora dos Jogos de Tóquio na maratona aquática. Jungblut, no entanto, possui um índice que pode classifica-la para Tóquio em outra modalidade, a natação.

Local de Disputa

Na edição de Tóquio 2020, as competições da maratona aquática serão realizadas no Odaiba Marine Park, o Parque Marinho Odaiba, em Tóquio.

Durante as Olimpíadas, será montada uma estrutura especial no parque para que o público acompanhe a competição. A capacidade do local será de 5.500 pessoas.

De quebra, os espectadores que forem acompanhar a maratona terão uma vista privilegiada da Rainbown Bridge e da paisagem moderna e futurística da região.

Agenda de Competições da Maratona Aquática em Tóquio

As competições da maratona aquática serão realizadas em dois dias. No dia 4 de agosto será a vez das mulheres disputarem o pódio. Os homens competem no dia 5.

 

Natação nas Olimpíadas

Arquibancadas lotaram para as provas de natação nas Olimpíadas do RIo em 2016

Nos Jogos Olímpicos a modalidade é disputada em provas de 50, 100, 200, 400, 800 e 1.500 metros.

Há quatro estilos de nado: livre, costas, peito e borboleta. O medley reúne os quatro estilos em uma única competição.

Em Jogos Olímpicos a piscina deve ter 50 metros de comprimento e, no mínimo, três metros de profundidade. Pelos padrões olímpicos, a temperatura da água deve estar entre 25ºC e 27ºC.

Nos Jogos de Tóquio serão incluídos três novos eventos na natação: a competição de 800 metros nado livre masculino, a de 1.500 metros nado livre feminino e a prova de revezamento 4×100 metros medley misto.

Histórico da modalidade

A natação é praticada pelos homens há milênios. Na Grécia, por exemplo, ela era considerada fundamental para a formação física dos jovens e dos soldados.

Embora popular como uma atividade de recreação, a natação demorou para se transformar em uma competição organizada. Os primeiros torneios aconteceram no século XIX, com o pioneirismo de países como a Austrália, a Inglaterra e os Estado Unidos.

Aos poucos a natação como modalidade esportiva foi crescendo e, em 1908, foi fundada a Federação Internacional de Natação (Fina), que é responsável pela natação e por outros esportes aquáticos.

A natação entrou no programa olímpico em 1986, nos Jogos da Grécia. Nesta edição foram disputadas provas de 100, 500 e 1200 metros livres. Como as piscinas ainda não existiam, as competições eram realizadas no mar.

Curiosidades da Natação

Piscinas

As piscinas exclusivas para competições de natação só passaram a ser utilizadas entre 1930 e 1940. A Federação Internacional de Natação foi a responsável por estabelecer as medidas padrões para as piscinas.

Empate

Em 1984, nos Jogos de Los Angeles, as atletas americanas Nancy Hogshead e Carrie Steinseifer entraram para a história com o primeiro empate da natação nas Olimpíadas. As nadadoras finalizaram a prova de 100 metros livre feminino exatamente ao mesmo tempo.

Recordes Olímpicos

O recorde da prova de 50 metros livre é do brasileiro César Cielo, que atingiu a marca de 20 segundos e 91 milésimos nos Jogos de Pequim, em 2008.

Fôlego e rapidez

Muitos atletas optam por não respirar nenhuma vez durante a prova de 50 metros para conquistar o menor tempo. Por se tratar de uma prova muita rápida, mesmo a mais breve pausa para respirar pode custar alguns milésimos de segundo que fazem toda diferença no final

Brasileiros em destaque atualmente

Na natação, o critério utilizado para a classificação para as provas individuais é o índice. Existem dois índices, o A, que classifica automaticamente os dois atletas mais rápidos de cada país   e o B, que classifica os atletas remanescentes, caso o limite de 878 atletas não seja atingido.

Para as provas de revezamento, são inscritas 16 equipes para cada prova, 12 delas já se classificaram através do Mundial de Gwangju.

Para Tóquio 2021, o Brasil garantiu três equipes masculinas para as provas de revezamento. A primeira vaga foi conquistada pelo quarteto do revezamento 4x100m, formado por Marcelo Chierighini, Pedro Spajari, André Calvelo e Breno Correia.

A segunda vaga ficou para a equipe do 4×200 metros, com os atletas Luiz Altamir, Fernando Scheffer, João de Luca e Breno Correia. O quarteto quebrou o recorde sul-americano na categoria, com o tempo de 7 minutos, 7 segundo e 12 milésimos.

Por fim, o quarteto formado por Breno Correia, João Gomes Jr., Guilherme Guido e Vinicius Lanza conquistou a vaga nos Jogos de Tóquio no 4x100m medley.

Outros 15 atletas brasileiros possuem índice A ou B, e aguardam os resultados de todas as competições classificatórias.

Brasileiros que já conquistaram medalhas

O Brasil possui 13 medalhas na modalidade. A primeira delas foi conquistada em 1952, nos Jogos de Helsinque, por Tetsuo Okamoto nos 1.500 metros livre masculino, que levou o bronze.

Em 1960 foi a vez do Manoel dos Santos voltar para o Brasil com uma medalha de bronze na modalidade.

A equipe do revezamento 4×200 metros livre masculino, composta por Cyro Delgado, Djan Madruga, Marcus Mattioli e Jorge Fernandes, também ocupou o terceiro lugar no pódio, dessa vez, nos Jogos de Moscow, em 1980.

Em Los Angeles, o Brasil conquistou sua primeira medalha de prata na natação com Ricardo Prado nos 400 metros livre.

Em 1992, Gustavo Borges voltou de Barcelona com a prata olímpica.

Nos Jogos de Atlanta, em 1996, o Brasil conquistou três medalhas. Gustavo Borges não só voltou a ocupar o pódio, como o fez duas vezes nesta edição, com um bronze nos 100 metros livre e uma prata nos 200 metros livre.

Fernando Scherer também conquistou uma medalha de prata, mas na categoria de 50 metros livre.

Em 2000, nas Olimpíadas de Sidney, Gustavo e Fernando voltaram a ocupar a terceira posição do pódio, dessa vez, ao lado de Edvaldo Valério e Carlos Jayme no revezamento de 4×100 metros livre.

O ano de 2008 foi marcado pelo primeiro ouro olímpico na natação. O nadador César Cielo conquistou o lugar mais alto do pódio nos 50 metros livre e levou ainda o bronze nos 100 metros livre. Até hoje, o ouro de Cielo é o único da seleção brasileira na modalidade.

Em Londres, Cesar Cielo repetiu a conquista dos 50 metros livre, dessa vez, conquistando a medalha de bronze. O atleta Thiago Pereira também conquistou medalha e voltou para casa com a prata nos 400 metros medley.

Local de Disputa

Assim como as competições de saltos ornamentais e nado artístico, a natação será realizada no Tokyo Aquatics Centre, o Centro Aquático de Tóquio.

Agenda de Competições da Natação em Tóquio

As provas da modalidade serão realizadas entre os dias 24 de julho e 1º de agosto.

Dia 24 de julho:
  • Fase eliminatória
    • 400 metros medley individual masculino
    • 100 metros borboleta feminino
    • 400 metros livre masculino
    • 400 metros medley individual feminino
    • 100 metros peito masculino
    • Revezamento feminino 4×100 metros livre
Dia 25 de julho:
  • Finais:
    • 400 metros medley individual masculino
    • 400 metros medley individual feminino
    • 400 metros livre feminino
    • Revezamento feminino 4×100 metros livre
  • Semifinais:
    • 100 metros borboleta feminino
    • 100 metros peito masculino
  • Fase Eliminatória:
    • 100 metros peito feminino
    • 200 metros livre masculino
    • 100 metros peito feminino
    • 100 metros peito masculino
    • 400 metros livre feminino
    • Revezamento masculino 4×100 metros livre
Dia 26 de julho:
  • Finais:
    • 100 metros borboleta feminino
    • 100 metros peito masculino
    • 400 metros livre feminino
    • Revezamento masculino 4×100 metros livres
  • Semifinais:
    • 200 metros livre masculino
    • 100 metros peito feminino
    • 100 metros peito masculino
    • 100 peito feminino
  • Fase Eliminatória:
    • 200 metros livre feminino
    • 200 metros borboleta masculino
    • 200 metros medley individual feminino
    • 1500 metros livre feminino
Dia 27 de julho:
  • Finais:
    • 200 metros livre masculino
    • 100 metros peito feminino
    • 100 metros peito masculino
    • 100 metros peito feminino
  • Semifinais:
    • 200 metros livre feminino
    • 200 metros borboleta masculino
    • 200 metros medley individual feminino
  • Fase Eliminatória:
    • 100 metros livre masculino
    • 200 metros borboleta feminino
    • 200 metros peito masculino
    • 800 metros livre masculino
    • Revezamento masculino 4×200 metros livre
Dia 28 de julho:
  • Finais:
    • 200 metros livre feminino
    • 200 metros borboleta masculino
    • 200 metros medley individual feminino
    • 1500 metros livre feminino
    • Revezamento masculino 4×200 metros livres
  • Semifinais:
    • 100 metros livre masculino
    • 200 metros borboleta feminino
    • 200 metros peito masculino
  • Fase Eliminatória:
    • 100 metros livre feminino
    • 200 metros peito masculino
    • 200 metros peito feminino
    • 200 metros medley individual masculino
    • Revezamento feminino 4×200 metros livre
Dia 29 de julho:
  • Finais:
    • 800 metros livre masculino
    • 200 metros peito feminino
    • 200 metros borboleta feminino
    • 100 metros livre masculino
    • Revezamento feminino 4×200 metros livre
  • Semifinais:
    • 100 metros livre feminino
    • 200 metros peito masculino
    • 200 metros peito feminino
    • 200 metros medley individual masculino
  • Fase Eliminatória:
    • 800 metros livre feminino
    • 100 metros borboleta masculino
    • 200 metros peito feminino
    • Revezamento misto 4×100 medley
Dia 30 de julho:
  • Finais:
    • 200 metros peito feminino
    • 200 metros peito masculino
    • 100 metros livre feminino
    • 200 metros medley individual masculino
  • Semifinais:
    • 100 metros borboleta masculino
    • 200 metros peito feminino
  • Fase Eliminatória:
    • 50 metros livre masculino
    • 50 metros livre feminino
    • 1500 metros livre masculino
    • Revezamento masculino 4×100 metros medley
Dia 31 de julho:
  • Finais:
    • 100 metros borboleta masculino
    • 200 metros peito feminino
    • 800 metros livre feminino
    • Revezamento misto 4×100 medley
  • Semifinais:
    • 50 metros livre masculino
    • 50 metros livre feminino
Dia 1º de agosto:
  • Finais:
    • 50 metros livre feminino
    • 50 metros livre masculino
    • 1500 metros livre masculino
    • Revezamento feminino 4×100 medley
    • Revezamento masculino 4×100 medley

 

Polo Aquático nas Olimpíadas

A história do polo aquático nas Olimpíadas começou nos Jogos de Paris em 1900

Apesar de ter sido chamado de “futebol aquático” antes de se transformar em uma modalidade olímpica, o polo aquático tem grande influência de outras dois esportes: o handebol e a natação.

Praticada dentro de uma piscina e utilizando apenas as mãos, a modalidade é disputada entre dois times, com sete jogadores cada, em uma piscina de 30m x 20m. A partida tem quatro tempos de oito minutos cada.

A partida tem início com a bola posicionada no centro da piscina e com os jogadores próximos ao gol de seu time. Quando o árbitro autoriza o início do jogo, os atletas nadam em direção a bola.

Cada ataque deve durar até 30 segundos. Se passar desse tempo, o time perde a posse de bola.

Para mover a bola, os jogadores nadam empurrando-a com a testa. O goleiro é o único que pode segurar a bola com as duas mãos.

Pelas regras, é proibido afundar a bola, empurrar o adversário ou impedir o arremesso do jogador do outro time. Os jogadores também não podem tocar os pés no fundo da piscina em nenhum momento do jogo.

Para facilitar a visualização e a identificação, os jogadores de um time usam toucas brancas e os jogadores do outro time usam toucas azuis. Os goleiros ficam com as toucas vermelhas.

Histórico da modalidade

Registros apontam que o polo aquático foi criado no século XIX, na Inglaterra. Entretanto, há relatos que indicam que o esporte já era praticado  desde o século XVIII.

A primeira partida oficial foi disputada em 1876 e, já em 1880 foi realizada a primeira competição internacional. No início, o esporte era considerado muito físico e até truculento. Logo foram criadas regras para evitar lesões e tornar o esporte mais técnico.

O primeiro Campeonato Mundial de Polo Aquático foi realizado em 1973 e conquistado pela Hungria, seleção que domina a modalidade.

O polo aquático faz parte do programa olímpico desde a segunda edição em Paris, de 1900. A categoria feminina, no entanto, começou a fazer parte dos Jogos apenas 100 anos depois, nas Olimpíadas de Sydney, em 2000.

A primeira participação do Brasil foi nos Jogos da Antuérpia, em 1920, onde a equipe brasileira conquistou o sexto lugar.

Curiosidades do Polo Aquático

Dream team aquático

Com 15 medalhas olímpicas na bagagem, a seleção da Hungria é uma das grandes potências dos Jogos Olímpicos na modalidade de polo aquático.

Dessas 15 medalhas conquistadas pela equipe, nove são de ouro. Nenhum país subiu tantas vezes no pódio nessa modalidade.

Em 2012, a seleção da Hungria foi aos Jogos de Londres com a possibilidade de igualar um feito que apenas os britânicos detinham, que era o de vencer quatro títulos olímpicos consecutivos.

No entanto, a equipe falhou e terminou em quinto lugar, sendo essa apenas a sexta vez, em 21 participações, que os húngaros não subiram ao pódio do polo aquático masculino.

Esporte Coletivo

O polo aquático foi o primeiro esporte praticado em equipes a ser disputado em Olimpíadas.

Brasileiros em destaque atualmente

A equipe masculina do Brasil conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2019, entretanto, o esforço não foi suficiente para uma vaga direta para Tóquio 2020.

As equipes feminina e masculina ainda tinham a possibilidade de se classificar para os Jogos de Tóquio através do Torneio Pré-Olímpico de Polo Aquático. Entretanto, as competições tiveram de ser canceladas, a pedido da Federação Internacional de Natação, devido à pandemia do novo coronavírus.

Comandada por Rick Azevedo, a seleção brasileira de polo aquático que disputa uma vaga em Tóquio vem formada por Slobodan Soro, João Pedro Fernandez, Ruda Franco, Heitor Carullo, Luis Ricardo Silva, Rafael Vergara, Pedro Vergara, Guilherme Leiva, Bernardo Reis, Gustavo Guimarães, Gustavo Coutinho, Roberto Freitas e Logan Wolverine.

Desse grupo, apenas o goleiro Slobodan Soro, o defensor Bernardo Reis e os atacantes Ruda Franco e Gustavo Guimarães disputaram as Olimpíadas de 2016.

Local de Disputa

As competições de polo aquático em Tóquio 2020 acontecerão no Tatsumi Water Polo Centre, o Centro Internacional de Natação de Tatsumi, em Tóquio.

Com uma arquitetura imponente e moderna, e uma capacidade para 4.700 pessoas, o Centro foi projetado em 1990 e já recebeu diversas competições aquáticas.

Agenda de Competições do Polo Aquático em Tóquio

As competições de polo aquático serão realizadas entre os dias 24 de julho e 8 de agosto.

No dia 24, 26, 28, 30 de julho e 1º de agosto, serão realizadas as rodadas preliminares feminina, com duas partidas cada dia.

No dia 25, 27, 29, 31 de julho e 2 de agosto serão realizadas as rodadas preliminares masculina, com três partidas cada dia.

As quartas de final serão disputadas em duas rodadas, com duas partidas cada. As mulheres jogam no dia 3 e os homens no dia 4.

As semifinais femininas acontecerão no dia 5 e as masculinas no dia 6. Nos dias 5 e 6 também acontecem as partidas de classificação para a disputa de 5º a 8º lugar.

O dia 7 de agosto será marcado pelas disputas femininas de 8º, 7º, 6º e 5º lugar. Além da disputa pelas medalhas de bronze, prata e ouro.

O dia 8 encerra os jogos da modalidade com a disputa masculina de 8º, 7º, 6º e 5º lugar. Além da disputa pelo pódio.

 

Conclusão

Este guia foi mais do que completo sobre todas as modalidades aquáticas dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2021.

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Redação e pesquisa: Lara Kinue Tanno (larakinue@gmail.com)

Edição: Tiago Medeiros (contato@blogtiagomedeiros.com)